sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Desconstrução

Elbulli_2_3

A iguaria da imagem acima são vegetais grelhados, prato integrante do cardápio do elBulli do festejado chef Ferran Adrià. Mas se fosse outra a descrição você acreditaria porque estão irreconhecíveis. Um prato básico, nosso velho conhecido em versão desconstruída, ou seja, as partes foram descaracterizadas para surgir um novo todo.

Esse conceito, originário do universo das artes plásticas, chegou ao mundo do consumo da alimentação gourmet, mas também encontrou adesões no universo da moda. Ao observar muitas coleções de estilistas nos últimos anos, você irá constatar que a desconstrução está lá, inspirando novos usos de adereços, acessórios e texturas.

São novas interpretações de objetos em usos não esperados. Abas de bonés transformam-se em corselete, botões criam um colar, blusas tornam-se saias. Designers de casa e decoração também têm se inspirado nesta fonte, transformando móveis antigos e de demolição em outros objetos, diferentes de seu uso inicial. E também o setor de cosméticos utiliza a desconstrução ao lançar hidratantes em pó e perfumes em formatos de cubos que, após congelados, são passados no corpo.

Eis um conceito com poder de inspiração multissetorial, já que, além de conceitualmente sexy, é alinhado com a visão de sustentabilidade. Já imaginou quantos produtos, conceitos e proposições podem ser desconstruídos como inspiração para lançamentos mais originais?

Não existem mais targets passivos

Um trabalho desenvolvido pela Leo Burnett há cerca de 8 anos registrava: as marcas já não possuem targets passivos e anônimos de comportamento previsível, agora elas têm compradores autoconfiantes, muitas vezes cínicos, astutos e imprevisíveis. Pessoas reais com opções e com poder. E continuava: o comprador atual controla e procura um relacionamento equilibrado e mutuamente benéfico com a marca. As marcas não podem mais se dar ao luxo de definir as suas relações em termos transacionais, partindo de uma posição de domínio.

A idéia era clara e muita coisa mudou em nosso “olhar para fora” desde então.

Dos nossos vários aprendizados, queria deixar algumas dicas que podem ajudar na hora de pensar em como construir marcas nesse novo cenário:

  1. Tenha uma visão ampliada do mercado competidor.
  2. Tenha uma visão ampliada de experiência.
  3. Busque insights independentes do produto ou da marca, mas que ajudem a torná-los mais relevantes (lembre-se: seu ponto de partida são pessoas, não consumidores).
  4. Experimente caminhos novos.
  5. Faça escolhas. Nenhuma grande idéia sobrevive à obrigação de agradar todo mundo.
  6. Lembre-se: você está buscando o novo e o novo nem sempre testa bem.
  7. Considere a possibilidade de contrariar resultados de pesquisa e criar novas agendas.
  8. Corra riscos.
  9. Lembre-se: você não vai conseguir sempre.

Talvez, para muitos, essa pareça uma conversa antiga, mas não custa repetir. Ainda nos deparamos com processos nos quais temos que nos beliscar enquanto alguém conta quantas pessoas gostaram e quantas não gostaram de um comercial que acabou de ser mecanicamente lido por uma moderadora.

Marcas têm targets com comportamento imprevisível e parte da “agenda” que eles nos entregam em cada pesquisa foi entregue por nós a eles em algum momento.

Pessoas querem ser surpreendidas e isso requer uma dose de ousadia que, para não beirar a inconseqüência, exige conhecimento, capacidade para ouvir, aprender e depois jogar fora.

Art







Marc Jacobs



terça-feira, 25 de setembro de 2007

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Street Dogs









O livro "Street Dogs" (Cães de Rua, em tradução livre), da editora Merrell, reúne fotos de cães abandonados, capturadas pela artista Traer Scott, que materializam a expressão "cão sem dono".

As fotos de mais de 30 cães abandonados nas ruas de Porto Rico e no México incluem buscas por comida, vida em grupo e até brincadeiras.

A maior parte deles foi levada para abrigos e organizações de proteção de animais e acabou adotada por famílias americanas.

Traer Scott viajou por várias cidades e acompanhou o trabalho de organizações não-governamentais (ONGs) que tiram cães das ruas, tratam deles e tentam conseguir famílias para adoção.

O projeto da fotógrafa levantou vôo graças ao sucesso do primeiro livro de fotos dela, "Shelter Dogs" (Cães de Abrigos, em tradução livre), que tratava do mesmo assunto.

A partir daí, ela passou os primeiros meses de 2007 acompanhando o trabalho das ONGs em Porto Rico e no México, dois países com grandes números de cães abandonados.

terça-feira, 11 de setembro de 2007

ELIZABETH SECKLEN

Minha foto
"o luxo é uma válvula de escape tão indispensável à atividade humana quanto o repouso, o esporte, a reflexão (ou a oração)." Jean Castarède