terça-feira, 7 de outubro de 2008

Hein?

Olho para os lados e pergunto: o que você acha que eu devo fazer? Pra onde eu devo ir?
Qual é a minha cara? Do que eu realmente gosto?
Perdi a vontade, a identidade e ando perdendo a paciência com a vida. Quero ser como um grande artista que olha a sua tela e respira orgulhoso. Quero ser como um atleta que, no dia da grande olimpíada, cai e chora, porque lutou e lutou anos pra ser o melhor.
Não sei pintar tela nenhuma, quando caio só me preocupo com o hematoma, se vai me deixar marcas. O único desejo que não me desgruda nunca é uma compra. A tal sensação de poder, de felicidade que dura até o momento em que entro no táxi e percebo a loucura que eu fiz.
Ultimamente, a minha única busca é uma busca. O que fazer pra ter tesão de levantar da cama e cantar no chuveiro?
Exagerei. Não preciso cantar. Só uma dançadinha na frente do espelho e louca pra sair correndo pra algum lugar.
A sensação que eu tenho é que o relógio (que eu não tenho no pulso) está correndo e me chamando ACOOOOOOOOOOOOOOOORDA SUA IDIOTA! FAÇA ALGUMA COISA REALMENTE LEGAL!
Aí já vem a loucura do espelho e já me vejo feliz, vestida num modelito “creative fashion”, nada básico, com calças rasgadas, mil pulseiras que tomam todo o meu antebraço, um anel enorme de pedra roxa (ametista) no meu dedo indicador e uma bota de plataforma altíssima. Nos meus cabelos, uma flor. Louca, eu?
Não! Quero extrapolar da cabeça aos pés, ando cheia de idéias malucas, mas não consigo filtrar uma que preste. Mas haverá um dia, em que alucinada e amparada por anjos amarrados (todos de branco mas com asas coloridas) me farão uma mulher de sucesso e realizada. Louca e feliz. Pobre e criativa. Porra-louca e cristã.

2 comentários:

Paulo Ferreira disse...

Finalmente voltaram os textos!

Pelo menos a loucura pra alcançar alguma coisa notável você já tem!

Falow!

Pauleka

Silvana disse...

helô... segura a onda que eu já tô indo...

don't give up

ELIZABETH SECKLEN

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"o luxo é uma válvula de escape tão indispensável à atividade humana quanto o repouso, o esporte, a reflexão (ou a oração)." Jean Castarède